1984
No início do treinamento do PQD, a A "aranha" simulava a chegada ao solo |
Mas nossa passagem aqui na Academia continua! O PARASAR chegou; com ele, o pára-quedismo, e lá fomos nós novamente enfrentar o cansaço, o medo ... O medo é natural, mas aqui aprendemos o melhor remédio para ele: a competência de todos. O dia se iniciava mais cedo para o 1º ano: mal o sol apontava no leste, já estávamos de capacete, bute e 10º uniforme, com sono, talvez, mas com muita decisão e garra. A área de treinamento era maravilhosa: fria e molhada pela manhã, quente e seca ao meio-dia. Claro que isso não importava para nossos "instrutores".
Quando algo saía errado, o corpo "pagava" Eram saltos e mais saltos, quedas e mais quedas, de plataformas, da "penosa aranha"; do avião simulado, tudo para que saltássemos com sucesso no espaço. No final de cada tarde, a "escolinha" era ativada e ficávamos mais alguns instantes bem perto dos "amigos instrutores"; assimilando frases maravilhosas: "20 cangurus"; "20 flexões"; "100 polichinelos". E nós, sempre respondendo: "não, não, não posso parar; se eu paro, eu penso; se eu penso, eu choro."
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Minutos antes do embarque, a ansiedade era muito grande
Hora do embarque, já não era possível voltar atrás Fim se semana: já conhecíamos tudo sobre aterragens, jeb, charuto ou "Mae West" Estávamos prontos. Mais uma vez, acordando com o sol, fomos para a pista embarcar no Búffalo com passagem só de ida. Havia muitos parentes (mães, pais, irmãos), amigos e as namoradas. Todos com muito medo, e nós, apavorados! Dentro do avião, mais uma vez a força da Turma nos uniu e todos, sem uma exceção, saltamos.
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Na porta do avião, a emoção estampada no rosto do Cassiano |
A paz e o silêncio recompensam o sacrifício dos treinamentos |
No semblante de cada um se estampava o gosto, o prazer da vitória; sem dúvida, mais uma conquista das Águias 84. O 1º ano já conquistara o "broche" do PQD, agora faltava o símbolo dos Cadetes da Aeronáutica.
A alegria do tradicional banho para comemorar o primeiro salto
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