1986


A torcida foi muito importante na conquista do campeonato


A esgrima trouxe mais um troféu neste ano

O duro era voar, estudar e treinar, porque a XIX INTERAFA estava aí e, é claro, a Águia possuía sede de vitória. Dessa vez, não éramos tão favoritos: tínhamos o vôo "atrapalhando" os treinamentos mas, para variar, surpreendemos a todos. Com a ajuda da torcida, sempre maravilhosamente criativa, e com o esforço de todos os atletas, conseguimos taça no vôlei, ciclismo, natação, pólo, atletismo, tiro e esgrima. E, com os pontos das outras boas colocações, tornamo-nos campeões do Campeonato Interno.

No final, a alegria da vitória



O cadete Beal "Barril" (melhor piloto do Brasil) voa o "link-trainer"



Existiam preocupações com as mudanças que íamos sofrer no decorrer do ano, para voar o T-27 no quarto ano. Fomos deslocados para o Centro de Instrução Especializada da Aeronáutica, na cidade do Rio de Janeiro, a fim de passarmos por vários testes e novas experiências, que se assemelhavam às que brevemente sentiríamos: era o Estágio Fisiológico.


Câmara de baixa pressão

Somente sobrava o "link-trainer" (algo parecido com um simulador de vôo) para os aviadores revivermos os bons momentos do vôo. É claro que não podíamos esquecer-nos da vida no Corpo de Cadetes, onde tínhamos os "elementos", os conceitos mensais e a preocupação com as provas da Divisão de Ensino.

Simulando uma ejeção


Foi uma semana de aulas diárias, durante a qual vimos e sentimos os efeitos de desorientação espacial, visão noturna, ejeção e outros fatores que influenciam muito em vôo. O ponto alto foi a câmara de baixa pressão: simulamos a falha do equipamento de oxigenação a 10.000 m de latura e pudemos reconhecer, em cada um, os sintomas de hipóxia (falta de oxigêncio no cérebro). As reações são diversas (formigamento nas mãos, perda da visão, falta de coordenação) e temos de identificá-los o mais rápido possível, para evitar conseqüências desastrosas.



Treinamento de abordagem dos botes infláveis

Aprendendo a utilizar os fumígenos de sinalização



Na volta à Academia, já nos esperava, mais uma vez, o PARASAR. Dessa vez, seria um curso de sobrevivência no mar. Todo "guerreiro" deve estar pronto para enfrentar qualquer clima ou circuntância, e foi com esse espírito que iniciamos tanto o conhecimento teórico quanto o cair n'água com "LPU" e botes infláveis. Aprendemos a utilizar as pastilhas de alimentação, rádios de comunicação, materiais de sinalização e, até mesmo, a transformar a água salgada em potável. Dessa forma, pudemos ver que o principal, numa circunstância adversa, é a calma, a fim de podermos utilizar, ao máximo, nossa capacidade de raciocínio.

Familiarização com o uso do LPU



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