1987
O Ten Cel Fonseca assume o comando do Corpo de Cadetes
Em meados de janeiro de 87, voltamos à Academia.
Tínhamos, então, a missão de conduzir o CCAer. Parecia não ser fácil, mas a certeza de que faríamos o melhor possível imperava entre nós. Tivemos, em fevereiro, outra mudança no comando do CCAer. Tal mudança ensejou que, além do Ten Cel Fonseca - o novo comandante -, mais quatro amigos se integrassem às Águias: Dona Diná e os jovens Ana Cristina, André e Ricardo. Nas primeiras semanas, ficamos somente na DE. Ali, deu para sentir quanto o ano seria longo!
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Esta era a "máquina" que queríamos dominar |
Os aviadores não tinham tempo para outra coisa, a não ser estudar o "Tucano"; nosso novo avião. Havia a expectativa, um pouco de "medo"; talvez, emoção e muita, muita esperança de conseguirmos dominar essa máquina tão decantada, cara e atual. Mas tínhamos algumas fases antes de tocar, propriamente, o avião. Nas provas de ITA e Emergência, já mostrávamos que não estávamos para brincadeiras. A mesma coisa aconteceu no "check" de olhos vendados: estávamos prontos e tínhamos, pelo menos, toda a teoria do T27 em nossa mente.
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O estudo foi fundamental para adaptação à nacele |
No dia 16 de fevereiro, o vôo iniciou-se. A emoção era grande, mas sempre o estudo fazia com que não ficássemos "pasmados" dentro da nacele. Havia muita coisa nova: a máscara de oxigênio, os instrumentos, painéis de alarmes e, aos poucos, fomos colocando tudo na massa do sangue. Os "solos" iam aumentando, e o "cachecol" era motivo de orgulho para quem conseguisse voar sozinho uma máquina de 1,8 milhões de dólares, aquela mesma que, no primeiro ano, nos parecera tão difícil, quase inacessível.
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