Principais Acontecimentos no 2º Ano
Depois de umas férias, se não merecidas pelo menos em boa hora, voltamos para mais um ano de EPCAR. Ânimo novo, experiência há muito desejada, o 2º ano era, sem dúvida, uma etapa a ser vencida com muita força, sendo considerado o mais difícil do curso.
A turma 81 veio com garra. Já éramos mais responsáveis pois tínhamos uma antiguidade a respeitar, um primeiro ano para dar exemplo. Afinal, todo 2º ano é famoso por ser o mais "bitolado" e mais unido esquadrão. E não quebramos o tabu. Nem pensamos nisso. Espírito de Corpo era uma filosofia que causava muita polêmica e que agora... era um ideal.
E foi assim durante todo o ano. Esse ideal mostrou-se ativo durante todas as competições do Troféu Ten. Lima Mendes: ganhamos o prêmio de melhor Torcida. Era a coroação da união.
E a marcha noturna (pioneira) de agosto. Nunca fizemos uma caminhada tão confiantes do sucesso como aquela. Foi algo de sensacional.
Até na hora de assumir os danos pelas "bombas... d`água" apareciam os mais variados culpados, todos unidos "na alegria e na dor".
Aquela união era inexplicável, que se apoderava da gente e não compreendíamos como. Sabíamos, com certeza, que era muito bom.
As provas continuavam como sempre. Trememos quando pintaram Biologja e Geografia no calendário. E que a média de sono do homem é de 1/3 de sua vida. Deve ser por isso que a EPCAR e tão diferente da outras Escolas.
1982 foi também um ano de muitos desligamentos. Muitos companheiros nos deixaram, talvez por terem melhores condições lá fora, talvez por não aguentarem a "barra". O fato é que, a cada desligamento, parávamos para pensar no tal Espírito de Corpo. Estaria, ele, acabando? Creio que nossos amigos tenham tido uma idéia diferente do seu real significado. E, fisicamente, eles nos deixaram...
Mas, para um ano difícil, muita coisa boa aconteceu. E uma delas foi o primeiro (e único) Campeonato de Banheiro da Escola: o 1º CEFUB (Campeonato Estudantil de Futebol de Banheiro). Assim que acabava a revista das 19:00h, toda a "galera" se deslocava para os dois banheiros dos alojamentos para presenciar as sensacionais peladas com bolas de meia. A dedicação dos jogadores (3 em cada time) era total. Mais da metade do Esquadrão se inscreveu no Campeonato. Havia até juiz. É claro que tal evento não era permitido. Passados alguns dias de Campeonato a notícia que relatava tal fato chegou ao Comandante do Esquadrão. Cabeças começariam a rolar. O 1º CEFUB (único) não terminara. Mas enquanto durou, muito de bom nos trouxe.
E com o CEFUB vieram também os famosos corretivos sobre a Força Aérea Brasileira. Eram pequenos testes escritos, que, para substituir as punições usuais, davam chance do aluno salvar seu final de semana. Porém muitos não aprovejtavam a oportunidade e não estudavam. Resultado: tiravam menos de 7,0 no teste e passavam mais dois dias da semana curtindo a Escola.
E assim fomos vencendo a etapa segunda da EPCAR. O bolso já estava aberto. Encaramos o desafio de 7 de setembro com galhardia e entramos em outubro com a NAE à porta. Trouxemos o segundo lugar.
Ao final do mês, num ano de muitos desligamentos, um veio nos marcar profundamente. Mais que um desligamento, foi uma partida. Um amigo que teve sua autorização de deixar a Escola assinada por Deus. E, junto a Ele, Nelson vai nos acompanhando.
E transcorreu o ano letivo. Agora viriam as responsabilidades maiores para os jovens da turma do "Macte Animo". Aceitamos o desafio.
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