Certa feita me botaram No lombo uma mochila, Um fuzil na mão, E gastei casco por este chão Troteada mui longe Dessas que não se acaba E, quando acaba, Ainda tem quem paga Com os galpãozitos espelhados De lado a lado O guerrilheiro já bombeando Para fazer algum estrago Mas, prá isso patrulhei E por muito campo andei, Sempre com muita atenção Por causa do patrão

Fui sentinela solito E, solito, no meio do campo, Como um palanque de coronilha; Até parecia um guasca encrevedo na coxilha Mas, na instrução era um banho De suor ou de água, Até me deixarem a marca Mas não tombei e mostrei que sou monarca Porém, tudo que é bom se termina, Cumpriu-se o velho ditado, Voltei prá escola conforme a sina Já meio arrebentado Com o toque da banda entrei cantando até fiquei com o couro todo arrepiado Ah, acampamento, me mostraste que guerra não é brincadeira Ah, acampamento, serás lição para minha vida inteira!                 AL Egon (RS)