Dia das Mães

          Uma simples mulher existe, que pela imensidão de seu amor, tem um pouco de Deus; e pela constância de sua dedicação tem muito de anjo; que, sendo moça, pensa com amadurecimento e, sendo idosa, age com todas as forças da juventude; quando ignorante, melhor que qualquer sábio, desvenda os segredos da vida, e, quando sábia, assume a simplicidade das crianças; pobre, sabe enriquecer-se com a felicidade dos que ama, e, rica, empobrecer-se para que seu coração não sangre ferido pelos ingratos; forte, entretanto, estremece ao choro de uma criancinha, e, fraca, entretanto, se alteia com a bravura dos leões; viva, não lhe sabemos dar valor porque à sua sombra todas as dores se apagam, e, morta, tudo o que somos e tudo o que temos daríamos para vê-la de novo e dela receber um aperto de seus braços, uma palavra de seus lábios...


Ao centro, Sra May Policarpo Maia, Mãe do Ano de 1983


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