Principais Acontecimentos no 3º Ano


          Entramos nos apartamentos e iniciamos a terceira e última etapa da EPCAR. Um novo horizonte se abria para a Turma que seria agora o 3º esquadrão. No ombro tudo era negro, tudo era responsabilidade, tudo teria que ser exemplo.
          Por ser o último ano antes da escolha profissional, alguns companheiros optaram por fazê-lo lá fora e iniciamos o ano sem a companhia deles. Todos sentiram que com a partida destes amigos, o momento era de reflexão e decisão. Era a hora de escolher o caminho a se seguir na vida pois ela assim o exigia.
          Nesta fase crítica da adolescência, 81 resolveu ocupar-se e não preocupar-se. O decorrer das coisas seria natural, tudo a seu tempo.
          E tivemos que nos ocupar mesmo com o que estávamos fazendo. O acampamento estava marcado para o final de abril. Dias temidos por uns, aguardados ansiosamente por outros. Desde o início do ano as aulas de Instrução Militar só se referiam aos "Dias no Mato". Era normal uma certa tensão que tomava conta de todos. Encaramos, e ao final dos dias só poderíamos dizer: viemos, vimos e vencemos.
          Quinze dias depois o calendário nos trazia a Lima Mendes. Nossa última Lima Mendes. E como era a última, fizemos questão de ganhá-la, trazendo a maioria dos troféus e das medalhas. O nosso ciclo esportivo no âmbito da Escola fôra encerrado com chave de ouro. Ao mesmo tempo era apontada a perspectiva da NAE que aqui seria realizada.
          Decorrido, assim, o 1º semestre, fomos para casa buscar novas forças e mais "gás" para levar os quatro meses restantes com muita vontade. Para aqueles que não sabiam ainda o caminho a ser tomado, essa era a hora derradeira.
          Agosto. O mês que todos aguardam com apreensão. É o mês do CEMAL. Quantas Turmas que por aqui passaram não devem tudo a esse mês? Nenhuma. É o sim ou não. Seremos ou não cadetes? Os exames médicos que a AFA impõe aos futuros integrantes do Corpo de Cadetes... A essência de cada aluno o obriga a ficar tenso diante de tal afirmação. E, como sempre, alguns perdem e outros ganham.
          Aos cem dias do término do curso, um churrasco vem a calhar para dar alusão à passagem. Corre um chopp para distrair e uma música para animar. No meio das árvores, fomos festejar o HS. O calendário regressivo é disparado e o terceiranista já está na expectativa: falta pouco.
          Nestes dias finais a rotina de 81 é normal. Provas (como sempre), 7 de setembro, NAE, Dia do Aviador, Juramento à Bandeira e o tão aguardado dia: o último. Dia em que a Turma se despede da Escola e se fragmenta. Dia em que as discórdias são esquecidas. Dia em que todos choram a partida. Dia em que se olha para trás e se vê três anos da vida forjados no suor de cada um. Dia em que todos se abraçam num só coração: o coração 81 da EPCAR.



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